domingo, 18 de julho de 2010

Entrevista da Natália para a revista Nova Lima Perfil.


Natália Guimarães



São 9h30 de uma terça-feira ensolarada e Natália Guimarães recebe nossa equipe em seu apartamento, na Zona Sul de Belo Horizonte. Usando uma blusa de frio preta, short jeans, pés descalços e com jeito de menina, Natália nos surpreende pela simplicidade. A paixão por Minas e Belo Horizonte estava estampada na mesa de café da manhã: broa, queijo e café com leite. Ela é simpática, reservada, suave nos movimentos, fala sempre em Deus e diz ser uma pessoa comum. “Sou uma mulher simples, nos momentos de folga gosto de uma boa leitura e amo receber flores”, revela. Ser eleita Top Model of The World 2006 na China, Miss Brasil 2007 e nesse mesmo ano segunda colocada no Miss Universo não tirou a simplicidade da mineira que já estampou capas de conceituadas revistas nacionais e por duas vezes foi rainha de bateria da escola de samba Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro.


Aos 25 anos, é muito mais que a brasileira da vez. Atualmente apresenta, em Minas, o programa Hoje em Dia na Rede Record, e em dois anos pretende concluir a faculdade de jornalismo. A mineira também diz não ser boa de cozinha, “sou boa é de garfo”, brinca. Confessa que não dispensa uma salada “Juliana” repleta de ingredientes que não são nada lights como bacon, batata palha e queijo parmesão. Entre suas paixões estão a família, os amigos e o namorado Leandro, do grupo KLB.




NLP - Como é o dia a dia da Natalia Guimarães?


NATÁLIA - Corrido! Acordo todos os dias às 6h30 da manhã, vou para os estúdios da Record. Volto às 14h, estudo e vou para a faculdade. As quartas, gravo o programa de sábado em São Paulo. Geralmente nas terças e quintas tenho gravação externa o dia todo. Quando tenho tempo livre, descanso e vou para São Paulo namorar um pouquinho.

NLP - Foi difícil chegar até aqui?


NATÁLIA - Na verdade, foi difícil chegar em casa. Mas, também não foi fácil ir longe. Eu morava no Rio de Janeiro há dois anos e um dia minha mãe me ligou dizendo que me queria de volta em casa. Deus foi tão bom que apareceu uma oportunidade em rede nacional, o programa Hoje em Dia, que me integrou na mídia e me trouxe de volta para BH. Mas ainda sinto saudades do meu apartamento no Rio de Janeiro, mobiliado e decorado por mim.

NLP - Você saiu do anonimato e se tornou uma personalidade mundialmente conhecida pela beleza. Mas foi além. Tornou-se apresentadora, atriz e está estudando jornalismo. Qual o seu diferencial?


NATÁLIA - Tenho muita fé em Deus, busco minha individualidade, não gosto de imitar ninguém. Contei com a sorte e tenho pessoas ao meu lado me apoiando. É tudo um conjunto.



NLP - Ser miss era um sonho antigo?


NATÁLIA - Era um sonho antigo da minha mãe. O tempo passou e aos 13 anos comecei a trabalhar como modelo e minha mãe continuava insistindo. Eu achava “barango” e temia que meus amigos da agência em que trabalhava me deixassem de lado. Hoje em dia nós rimos de tudo isso e minha mãe sempre brinca: viu como não é “barango” ser miss? Ela também sempre dizia que quando eu fosse miss não ia mais precisar “passar fome”. Eu sempre tive o corpo da brasileira com curvas e afins. E para ser modelo é preciso ser muito magra e eu nunca ia conseguir. Graças a Deus eu não preciso mais ficar sem comer (risos).

NLP - Mulheres famosas que hoje estampam as capas de conceituadas revistas já foram 'patinhos feios' na infância. Você sempre foi bonita?


NATÁLIA - Acho que a questão não é nem ser o “patinho feio”, é se sentir o “patinho feio”. Conforme algumas oportunidades chegam, vamos melhorando. A própria segurança já é uma beleza. A mulher não precisa ser tão bonita, mas se ela for insegura, fica feia!

NLP - Que você é boa de passarela e na frente das telinhas todo mundo já sabe. Mas quais são suas qualidades que ninguém conhece?


NATÁLIA - Essa pergunta quem pode responder é minha mãe. Ela sempre diz que tenho qualidades raras: sou amiga, sincera, leal e determinada. Já meus amigos dizem que sou mineira e, por isso, fico comendo pelas beiradas.

NLP - No Brasil, existem muitos estereótipos em relação à mulher. Você já passou por algum tipo de constrangimento por ser mulher, bonita e miss?


NATÁLIA - Sim. Quando comecei a atuar, as pessoas diziam “Miss não pode fazer novela”. As pessoas só não sabiam que eu já era atriz antes de ser miss. Infelizmente, o preconceito existe em todas as áreas. Eu sempre lutei para mostrar que não era apenas um rostinho bonito. Sou comum, meu rosto acorda inchado, em alguns momentos me entristeço, enfim, sou normal.

NLP - E fazer novelas, é uma paixão?


NATÁLIA - Estou realizada no jornalismo. A cada dia me sinto mais à vontade e aprendo uma coisa nova, por isso não tenho mais vontade de atuar. Na época em que eu trabalhava como atriz, principalmente na novela “Bela, a feia”, as pessoas confundiam a personagem Mariana com a Natália Guimarães. As crianças então me chamavam de “Mariana” ou “Mulher Aranha”, por causa da minha personagem em “Os Mutantes”. Por isso, muitas vezes, não me sinto bem em interpretar. Até porque os personagens são muito diferentes de mim.





NLP - Você é vista pelas mulheres de nosso país como um referencial. Como lida com isso?


NATÁLIA - É uma responsabilidade grande, tenho orgulho disso. Espero não decepcionar e dar bom exemplo em tudo o que eu fizer.

NLP - Uma música do Roberto Carlos diz “Quem foi que disse que precisa ser magra para ser gostosa”. Em contraponto, a indústria da moda ditou um padrão de beleza que exige esse estereótipo. Você vê isso como um problema ou acha necessário estabelecer alguns padrões?


NATÁLIA - Eu não gosto nem de ser muito magra e nem de ser gostosa. Gosto do meio termo, de me sentir bem, de ter um corpo elegante, que as roupas caiam bem em mim. Acredito que este seria um padrão legal.

NLP - Você já fez muitas campanhas, algumas inclusive de cunho social. De todas as campanhas que já fez, qual você acredita que foi a mais importante?


NATÁLIA - Foram várias! Mas, em especial foi no Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro. Era dia das crianças, fizemos uma festa linda. Pude perceber o quanto o carinho da gente é importante. Um pequeno gesto ou um sorriso pode melhorar o dia de alguém. Isso me motivou a fazer campanhas sociais e tenho incentivado algumas pessoas a fazerem o mesmo.

NLP - Você tem viajado muito, disputou o maior título internacional de beleza, posou para capas de revista, participou do folhetim da Record “Bela, a feia” e é apresentadora. Disso tudo, qual foi a melhor experiência?


NATÁLIA - Tudo o que eu conquistei até agora não cheguei a sonhar, os sonhos de Deus foram muito maiores para mim e Ele foi colocando em minha vida coisas que eu não podia imaginar. Então, como deu certo, prefiro continuar assim. Estou fazendo um trabalho que eu adoro e meu crescimento virá com o tempo. Sou grata a Deus por tudo.

NLP - Mas teve um momento daqueles “super especiais”?


NATÁLIA - Meu primeiro programa de moda foi inesquecível. Eu estava saindo de um evento quando recebi um telefonema para substituir uma apresentadora, eu perguntei pra quando e eles disseram: agora! Foi no susto! Foi uma experiência única. Todo mundo gostou.

NLP - Qual o próximo passo que você pretende dar na sua carreira e na sua vida?


NATÁLIA - Pretendo continuar trabalhando com jornalismo e me formar. Sei que o crescimento e novas propostas virão com o tempo.

NLP - Ser famosa: quando é bom e quando é ruim?


NATÁLIA - É bom o carinho do público e terrível quando não se tem privacidade ou quando a imprensa inventa uma mentira sobre você para vender notícia.

NLP - A Natália daqui a quinze anos estará...


NATÁLIA - Nas mãos de Deus. Só ele sabe o futuro.
Fonte :  http://www.novalimaperfil.com.br/site_nlperfil/index.php?option=com_content&view=article&id=146:natalia-guimaraes&catid=13:expresso&Itemid=42

Créditos : http://natyguimaraesprincess.blogspot.com/

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